Prefeito Warmillon acuado pelo ministério público

    

    O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) e com a Polícia Militar (PM), desencadeia nesta terça-feira (14) a Operação Waterloo em Pirapora e Montes Claros, região norte do Estado. Estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão na prefeitura de Pirapora e residências, além de empresas das duas cidades. A ação pretende apurar fraudes na execução de contratos para prestação de serviço de coleta de lixo e fornecimento de combustíveis para Prefeitura de Pirapora.

    A operação investiga possível crime de lavagem de dinheiro envolvendo o prefeito de Pirapora. Os valores das despesas com os contratos citados ultrapassam R$ 8 milhões. A diligência foi deferida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A prefeitura do município foi inspecionada pelo Tribunal de Contas de Minas Gerais, atendendo ao pedido do Ministério Público de Contas. Os trabalhos apontaram indícios de que houve direcionamento das licitações para a contratação da empresa que executa o serviço de coleta de lixo em Pirapora . Além disso, foi comprovado que não há controle da prefeitura na execução do contrato.    Quanto ao contrato de fornecimento de combustíveis, o relatório do Tribunal demonstrou a falta de controle do consumo do produto, o abastecimento de carros particulares às custas da prefeitura e suposto consumo de combustíveis em volume muito maior à capacidade dos veículos. As apurações sobre o crime de lavagem de dinheiro envolvendo o prefeito referem-se ao fato de que diversos bens de propriedade do investigado estão registrados por terceiros e seriam produtos de crimes.

    Estão empenhados na Operação Waterloo um procurador de Justiça, quatro promotores de Justiça, 16s servidores do MPMG, 24 policiais militares e 12 auditores-fiscais da SEF. A operação é realizada pelo MPMG por meio da Procuradoria de Justiça de Combate aos Crimes Praticados por Agentes Políticos Municipais, com apoio da Promotoria de Justiça de Pirapora, do Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (GEPP), da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público do Norte de Minas, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate ao Crime Organizado (Caocrimo) e do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet).

 reportagem do R7 MG 

 

Canditato a prefeito e réu em dois processos

criminais e em uma ação civil pública

    O candidato a prefeito de Pirapora, Heliomar Valle da Silveira, também conhecido como Léo Silveira, é Réu na Ação Penal nº 0611.08.026220-1, que tramita na 2ª Vara Criminal da Comarca de São Francisco/MG.

No processo retro mencionado, Léo Silveira é acusado pelo Ministério Público de fraudar licitação, na época em que era presidente da Comissão de Licitação do Município de São Francisco:
Consta no Relatório de Inspeção do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
que foram detectadas “despesas realizadas e não comprovadas através dos respectivos processos licitatórios e licitações irregularmente praticadas”, que depois de apuradas as irregularidades praticadas, em julgamento colegiado, o TCEMG determinou “o encaminhamento dos autos ao Ministério Público para adoção das medidas cabíveis”.
    O Ministério Público recebeu os  autos e ajuizou ação Penal, oferecendo denúncia contra Léo Silveira e outros.
O MM. Juiz da 2ª Vara Criminal recebeu a denúncia do Ministério Público.
    Léo Silveira também é Réu no Processo Criminal nº 0593268-68.2010.8.13.0000 que tramita na 3ª Câmara Criminal do TJMG, Crimes da Lei de Licitações, movido pelo Ministério Público MG:
Léo Silveira também é Réu em uma Ação Civil Pública, Processo nº 0093800-18.2010.8.13.0512 que tramita na 2ª Vara Cível da Comarca de Pirapora, Improbidade Administrativa, movido pelo Ministério Público MG.
 
Myriam Figueiredo